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MÁRIO ARAÚJO FILHO

( Paraíba – Brasil )

 

Professor Adjunto IV na empresa Ufcg

 

Estudou na instituição de ensino Universidade Federal de Campina Grande.
Frequentou Colégio Moderno 11 de Outubro.
Estudou Eletrônica na instituição de ensino Engenharia Elétrica.
Estudou Telecomunicações na instituição de ensino Universidade Federal de Campina Grande.
Estudou Engenharia na instituição de ensino Federal University of Paraíba.
Mora em Campina Grande


GARATUJA. Campina Grande, PB: 1977- 19 78.  15 x 21 cm. 
Ano I – No. 1 – setembro/1977
.

“toda poesia é “para” —  não há escapar, o diabo é a poesia-pára, a poesia de mário cheira a Homem: no sentido de beleaa e choque,  sua poesia e para o seu tempo, isto, indiscutivelmente, por isso, ela é discutível.”

 

POSIÇÃO

Não quero meu verso.
Vão,
Enclausurado,
Entre as masmorras soturna
Das vis formas.

Nada tenho a ver
Com “ismos” literários,
Nada sei de vanguarda
Ou do antigo.

Só reconheço a palavras
Soco no tempo — neste tempo
Onde o deleite é sono
Tranquilo
Do opressor.

Eu quero a poesia do trabalho,
Cada palavra o instante/consciência.
Quero palavras, sim.
Quero sonetos, sim.

 

Mas...

 

Quero o soneto do amor maior,
Plantado em cada luta
E em cada grito.
Quero o poema do sonho distante,
Menos distante,
Quando o quero assim.

Não quero meu verso,
Estéril, moribundo,
Nas cabeceiras mil
Dos poderosos.

Quero meu verso na mão
Feito tacape
Feito navalha

                                 Farol e fuzil.

 

SONHO

Algum dia
Sonhei.
Sonhei com a pura
Inconsequência
Do sonho desarmado.
Que o sonho só
É devaneio.
Em meio às sombras
Cerebrais
É frágil o sonho
Na palma das mãos.
É doce o sonho
Em toda a sua
Inconsequência
De sonho. Só.
É só doce,
O sonho,
Entre as sombras
Entre as tramas.

Eu sei de um sonho
Que morreu
Fuzilado

Outro que morreu
Crucificado
Eu sei de tantos
Sonhos
Assassinados
Nas sombras
Pelas sombras
Os sonhos
Doces sonhos
Devaneios
Nos olhos brilhantes
Dos donos
Desses sonhos.
Só.
Sós.

Mas eu também
Sei de sonhos
Que se constroem
Nas madrugadas
Entre as sombras
(Ainda assim
tão fortes)
Eu sei do sonho
Que se constrói
Na espera do
Amanhecer
Para ser
Real
Sem deixar
De ser sonho.

Não mais o sonho
Frágil
Tolo,
Sonho só.

Mas sonho
Realimentado
Sonho armado
Pregado nos olhos
Bo cérebro
(Dentro da cabeça
Matéria
Bem matéria).
Esse é sonho
Sim.

O sonho de que
Sei
Se nutre na sombra
À custa da luta
Com as trevas
Os olhos atentos

Um olho
No dia
Um olho
Na noite.

O sonho que sei
Inunda o corpo
E deixa livre
A mão
Para o soco
Pesadelo da treva.

Só concebo assim.

 

*

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Página publicada em dezembro de 2021


 

 

 
 
 
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